quinta-feira, 20 de março de 2014

Robin Hood Calhorda - Ou cada um tem o herói que merece.

Robin Hood calhorda

Era uma vez um herói, que roubava dos ricos para distribuir aos pobres. Mais conhecido como Robin Hood. Não venho por meio desta discutir a veracidade ou não desta lenda, apenas traçar um paralelo entre aquela gente sofrida da idade média e a população brasileira atual.

Vale lembrar que naquele período a pobreza era extrema entre os feudos de toda Europa. A população trabalhava para pagar impostos aos senhores feudais, à realeza e à Igreja, além de dividir parte da produção agrícola de subsistência. A miséria, a fome e a doença eram companheiras constantes dessa população; é por isso que esta figura teria se tornado popular por defender uma camada social até então “invisível” nas prioridades dos governantes.

No Brasil as coisas nunca foram muito diferentes do acima exposto, até chegar um tempo, nunca antes conhecido na história deste país, em que nosso messias, nosso Robin Hood salvador da pátria surgiu, nos encantando com a política do nós (os pobres) contra eles (os ricos) legitimando assim os maiores abusos na cobrança de impostos, nunca antes vistos na história deste país.

Bem feito, a gente merece, nascemos para cair no conto do bilhete premiado, basta um discurso demagogo, colocar no partido o nosso nome (trabalhadores, democratas etc.) que a gente acredita e saí votando.

O que não nos explicaram muito bem, é que a carga tributária moderna gera um efeito cascata, que leva metade da renda de todo mundo, pelo menos de todo mundo que tem que gastar até o ultimo tostão a cada mês, para continuar vivendo.

Esta carga está inclusa principalmente em gêneros alimentícios, vestuário, e, em percentuais alarmantes no combustível, na cachaça e no cigarro, coitado do pobre, cujos únicos prazeres, muitas vezes são um cigarro e um trago de cachaça mesmo, já que por ter que pagar a conta da realeza, que se embebeda e da vexame regado a vinho do porto na Europa, só pode comprar aguardente.

O rico no Brasil tem dinheiro sobrando, para investir em previdência, organizar fundações, e pagar todo tipo de assessoria, assim dribla o fisco, e faz com que a carga tributária do seu dinheiro seja a mínima possível, sobrando mais para seus iates e viagens mundo a fora, e muitos outros prazeres a mente da plebe nem pode conceber.

Já o pobre, que é a população em geral, inclusive a nossa classe média que a realeza fez questão de falir, como o dinheiro só da, mal e porcamente para comida, remédios e alguma educação, não tem como escapar, é carga tributária total nele.

Como se não estivéssemos saturados pela realeza, seus vassalos de luxo, nossos senhores feudais na esfera municipal, fazem o que podem, “dentro e fora da lei” para, ao contrário do discurso salva-pátria, tirar ainda mais dos pobres e repassar aos cofres dos ricos.

Ou alguém acredita que o dinheiro do ultimo aumento extremamente abusivo de IPTU, vai ser todo gasto com trapiches, garrafadas, carroças e pinguelas para atender a nossa população, que mesmo estando em 2014, está sendo mais achacada que população britânica medieval.

Com a diferença que os caras tinham um Sir Robin Hood para defende-los, e nós caímos no conto do vigário e quem pensávamos ser Robin Hood, se revelou um tirano sem igual, e agora somos governados por um bando de pilantras posando de cavalheiros da Rainha.

Os caras na idade média ficavam com alguma coisa para comer pelo menos, tente alimentar uma família com uma destas bolsas misérias que distribuem por aí.
Nos tiram as possibilidades de educação, de profissionalização, de saúde e segurança, para depois jogarem umas moedas de volta e a gente ainda acredita que estão nos fazendo um grande favor.

E aqueles que recebem bolsa família, façam as contas, o ultimo aumento de IPTU vai te fazer devolver estes caraminguás com juros e correção. Abram os olhos, estão te dando com a mão direita, mas a Esquerda muito hábil está te batendo a carteira.

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