Robin Hood calhorda
Era uma vez um herói,
que roubava dos ricos para distribuir aos pobres. Mais conhecido como Robin
Hood. Não venho por meio desta discutir a veracidade ou não desta lenda, apenas
traçar um paralelo entre aquela gente sofrida da idade média e a população
brasileira atual.
Vale lembrar que naquele
período a pobreza era extrema entre os feudos de toda Europa. A população
trabalhava para pagar impostos aos senhores feudais, à realeza e à Igreja, além
de dividir parte da produção agrícola de subsistência. A miséria, a fome e a doença
eram companheiras constantes dessa população; é por isso que esta figura teria
se tornado popular por defender uma camada social até então “invisível” nas
prioridades dos governantes.
No Brasil as coisas
nunca foram muito diferentes do acima exposto, até chegar um tempo, nunca antes
conhecido na história deste país, em que nosso messias, nosso Robin Hood
salvador da pátria surgiu, nos encantando com a política do nós (os pobres)
contra eles (os ricos) legitimando assim os maiores abusos na cobrança de
impostos, nunca antes vistos na história deste país.
Bem feito, a gente
merece, nascemos para cair no conto do bilhete premiado, basta um discurso
demagogo, colocar no partido o nosso nome (trabalhadores, democratas etc.) que
a gente acredita e saí votando.
O que não nos explicaram
muito bem, é que a carga tributária moderna gera um efeito cascata, que leva
metade da renda de todo mundo, pelo menos de todo mundo que tem que gastar até
o ultimo tostão a cada mês, para continuar vivendo.
Esta carga está inclusa
principalmente em gêneros alimentícios, vestuário, e, em percentuais alarmantes
no combustível, na cachaça e no cigarro, coitado do pobre, cujos únicos prazeres,
muitas vezes são um cigarro e um trago de cachaça mesmo, já que por ter que
pagar a conta da realeza, que se embebeda e da vexame regado a vinho do porto
na Europa, só pode comprar aguardente.
O rico no Brasil tem
dinheiro sobrando, para investir em previdência, organizar fundações, e pagar
todo tipo de assessoria, assim dribla o fisco, e faz com que a carga tributária
do seu dinheiro seja a mínima possível, sobrando mais para seus iates e viagens
mundo a fora, e muitos outros prazeres a mente da plebe nem pode conceber.
Já o pobre, que é a
população em geral, inclusive a nossa classe média que a realeza fez questão de
falir, como o dinheiro só da, mal e porcamente para comida, remédios e alguma
educação, não tem como escapar, é carga tributária total nele.
Como se não estivéssemos
saturados pela realeza, seus vassalos de luxo, nossos senhores feudais na
esfera municipal, fazem o que podem, “dentro e fora da lei” para, ao contrário
do discurso salva-pátria, tirar ainda mais dos pobres e repassar aos cofres dos
ricos.
Ou alguém acredita que o
dinheiro do ultimo aumento extremamente abusivo de IPTU, vai ser todo gasto com
trapiches, garrafadas, carroças e pinguelas para atender a nossa população, que
mesmo estando em 2014, está sendo mais achacada que população britânica medieval.
Com a diferença que os
caras tinham um Sir Robin Hood para defende-los, e nós caímos no conto do
vigário e quem pensávamos ser Robin Hood, se revelou um tirano sem igual, e agora
somos governados por um bando de pilantras posando de cavalheiros da Rainha.
Os caras na idade média
ficavam com alguma coisa para comer pelo menos, tente alimentar uma família com
uma destas bolsas misérias que distribuem por aí.
Nos tiram as
possibilidades de educação, de profissionalização, de saúde e segurança, para
depois jogarem umas moedas de volta e a gente ainda acredita que estão nos
fazendo um grande favor.
E aqueles que recebem
bolsa família, façam as contas, o ultimo aumento de IPTU vai te fazer devolver
estes caraminguás com juros e correção. Abram os olhos, estão te dando com a
mão direita, mas a Esquerda muito hábil está te batendo a carteira.